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  Educação

Dia dos estudantes lembra os desafios em tempos de pandemia  

Colégios deverão ter mais atenção para atrair a atenção do estudante e o Colégio Pensi aposta em maior "protagonismo" de crianças e adolescentes

  

Rômulo Barroso - especial para o Diário de Petrópolis (com informações da Agência Brasil)

Ontem, 11 de agosto, foi dia do estudante, uma data que, neste ano, serve também para lembrar os desafios no retorno deles para o ambiente escolar. Uma pesquisa feita pela Fundação Lemann em parceria com o Instituto Natura buscou descobrir as respostas para a seguinte pergunta (que dá nome ao estudo): “Onde e como estão as crianças e adolescentes enquanto as escolas estão fechadas?” O levantamento mostra que 34% desse público perdeu o interesse pela escola, entre outras alterações de comportamento. Esse dado chama atenção sobre o trabalho que será necessário para atrair o aluno de volta para o colégio. Para o Colégio Pensi, a aposta é em dar protagonismo aos jovens.

Em 2019, 737 estudantes dos anos iniciais ao ensino médio estavam fora da escola em Petrópolis, segundo dados do programa Busca Ativa, que busca reunir ações de áreas como Educação, Saúde e Assistência Social para evitar a evasão escolar. Esse dado é de antes da pandemia. Só agora, quase um ano e meio depois de ensino exclusivamente remoto, é que os alunos estão começando a voltar a estudar de forma presencial.

Por aqui, a rede municipal tem retorno de atividades presenciais marcado para o dia 24 (ainda em modelo híbrido, ou seja, com parte dos alunos permanecendo em casa). A rede estadual voltou dia 26 de julho, também com só parte dos alunos dentro das escolas e os demais ainda estudando pela internet. Já as escolas particulares puderam retomar essa semana o atendimento integral dos estudantes, desde que sejam cumpridas normas de segurança sanitária, como distanciamento entre as crianças, disponibilização de álcool em gel, uso de máscara, entre outros.

 

Colégio Pensi valoriza "protagonismo do estudante"

Com isso, a preocupação em conseguir fazer com que o aluno retome a frequência nas aulas ganha com ainda mais peso para as escolas. O Colégio Pensi, por exemplo, admite que precisou reavaliar a visão da escola em relação ao aluno e incorporou um novo valor, o do protagonismo do estudante. "Valor que acaba sendo traduzido em várias ações, inclusive nos projetos integradores e nas disciplinas eletivas", destaca a diretora da escola, Maria Elisa Badia.

Agora, alunos podem escolher, desde o sexto ano, atividades extracurriculares para fazer de forma online, que vão desde gastronomia até produção de cosméticos e investigação criminal. "Isso tudo é para garantir que o aluno tenha um acervo de conceitos e conteúdos, de experiências para que ele possa estar cada vez mais empoderado e seguro das suas decisões profissionais no futuro", explica ela.

Outra iniciativa é o chamado "Laboratório de Inteligência de Vida", que existe para estimular habilidades sócio-emocionais da criança e do jovem que estudam por lá. "Temos uma proposta muito focada na construção da identidade desse aluno, que é um aluno muito mais antenado, muito mais preparado para enfrentar os desafios do novo século", ressalta a diretora. 

A pesquisa conduzida pela Fundação Lemann e pelo Instituto Natura ouviu 1315 responsáveis por mais de 2,1 mil crianças e adolescentes (4 a 18 anos) matriculados na rede pública ou fora da escola em todo o Brasil, entre 16 de junho e 7 de julho de 2021. O estudo também entrevistou 218 jovens entre 10 e 15 anos. Outros dados que chamam atenção são os de que, entre as crianças e adolescentes entrevistados, 75% disseram que sentem falta das aulas presenciais ou de algum professor e 60% sentem falta do convívio social e dos amigos. Aqueles que acreditam que terão o futuro prejudicado devido à pandemia são 66%.

"Isso mostra o papel da escola e desse ambiente na vida dessas crianças e adolescentes. Claro que é um espaço de ampliação de repertório e aprendizagem, mas também é de convívio e desenvolvimento pessoal, além de ser, para muitos, espaço de alimentação. Isso coloca muita luz no papel da escola e do retorno presencial das aulas", analisa a gerente do Instituto Natura, Maria Slemenson.

 



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