População receberá orientação sobre os danos que o consumo do álcool pode gerar durante a gestação
Na próxima segunda-feira (09.09) a Coordenadoria Municipal de Políticas sobre Drogas estará em ação na Praça D. Pedro para sensibilizar sobre o Dia Mundial de Prevenção da SAF (Síndrome Alcoólica Fetal), lembrado na mesma data. Na ocasião será dada orientação sobre os danos, para a saúde dos bebês, causados pelo consumo de bebida alcoólica durante a gestação. Haverá panfletagem sobre o assunto, teste rápido sobre a ingestão de bebida e oficinas de artes. O evento antecede a Semana Municipal de Prevenção da SAF, promovida na segunda semana de novembro.
As ações no município são previstas em lei e a Secretaria de Saúde já conta com programa de prevenção a SAF, desenvolvido no Centro de Saúde, Postos de Saúde da Família e Hospital Alcides Carneiro. “Esse é um alerta importante feito na nossa rede de saúde e o melhor caminho é a educação da população”, destaca o prefeito Bernardo Rossi.
Os índices epidemiológicos apontam que 30 mil crianças no Brasil nascem com a síndrome anualmente. A incidência é de 10 casos para cada mil nascidos vivos. No Brasil, a cada hora, nascem 4 crianças com os diagnósticos característicos de SAF. No município, esta estimativa é de 450 crianças por ano. A SAF causa má formação congênita neurológica, cardíaca e renal, podendo gerar danos no desenvolvimento dos órgãos, distúrbios comportamentais, dificuldade de aprendizagem, agressividade, irritabilidade, entre outros.
“Esse é um programa importante para o município, temos atuado na orientação das gestantes desde que iniciam o acompanhamento de pré-natal nas unidades da rede pública de saúde”, ressalta a secretária de Saúde Fabíola Heck. Para preparar os profissionais de saúde para a identificação de casos, a Coordenadoria Municipal de Políticas sobre Drogas realiza rotineiramente palestras em unidades de saúde e instituições de ensino.
A coordenadora do setor, a psicóloga Leandra Iglesias alerta para as consequências definitivas para a vida do bebê, que pode ser afetado de forma leve, moderada ou grave, podendo ser causa de morte. “O álcool perpassa a placenta e entra na corrente sanguínea, afetando diretamente o desenvolvimento do bebê”, reforça a profissional que desenvolve trabalho de combate e sensibilização ao uso excessivo de álcool e outas drogas na cidade. “Não existe dose de álcool tolerável durante a gravidez, o consumo deve ser zero”, frisa.
Uma questão de grande preocupação para a SAF é fato de ser uma doença ainda subnotificada e subestimada. “É uma doença muito confundida com déficit de atenção, hiperatividade, síndrome de down e autismo. A microcefalia, por exemplo, é uma característica forte no portador da SAF”, reforça Leandra, que vem atuando no município para a implantação da política pública de prevenção da SAF.
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