Camila Caetano – especial para o Diário
No dia 7 de maio, o Diário divulgou uma matéria a respeito de uma obra irregular que acontece num BNH localizado na Rua Coronel Veiga, número 1130. A mesma foi embargada pela prefeitura no dia 13 de janeiro deste ano, e o responsável pela construção foi autuado no dia 14, onde, por desrespeitar o embargo, também foi multado. A construção, que continua ocorrendo, tem preocupado alguns moradores, visto que, de acordo as informações dos mesmos, a obra tem por objetivo restringir uma área de uso comum, para ser usada somente pelos residentes do bloco 65.
Um denunciante, que preferiu não se identificar, revela que após publicação no jornal, um fiscal da Secretaria de Obras já esteve presente no local para averiguar a irregularidade. Contudo, na ocorrência, não havia pessoas trabalhando e o embargo foi considerado respeitado. Ele reitera dizendo que agora, em julho, a obra já está chegando ao final.
- Após a denúncia no jornal, a Secretaria de Obras mandou um fiscal para apurar a situação, no entanto, a presença do mesmo não surtiu efeito, pois, no dia, não tinha ninguém trabalhando na construção e o embargo foi lançado como respeitado, mas na prática, não está sendo. Mesmo embargada, a obra já está chegando ao fim. Foi construído um muro sem alvará, sem Anotação de Responsabilidade Técnica e afins. Os moradores do bloco 65 simplesmente decidiram que o entorno do prédio deles pertence somente ao bloco deles. Já fizemos uma reunião para tentar chegar a um consenso, mas ainda não conseguimos. Enquanto isso, as obras continuam – informou o cidadão.
Questionado, o síndico do bloco 65 se manifestou dizendo que, mesmo se tratando de um BNH, os blocos são administrados individualmente. Desta forma, os residentes do mesmo, através de assembleias, decidiram realizar a obra com o intuito de zelar pela sua segurança, com a construção de muretas e portões, pois, a área era utilizada irregularmente. Todos os recursos necessários são provenientes dos moradores do bloco. O síndico, que não quis ser identificado, finalizou dizendo que entrou com recurso ao embargo, e solicitou alvará do projeto, mas ainda aguarda pela autorização do mesmo. Enquanto isso, ele informa que as obras continuarão mesmo sem licença, pois a segurança é um direito legítimo.
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