Na semana passada, “degustamos” o Prosecco. Hoje será a vez dos espumantes, ressalvando que a rigor todos os vinhos produzidos com uvas específicas (vitivinícolas) e cuja segunda fermentação se produz dentro da garrafa (*), pelo método champenoise (o termo ficou no feminino porque concorda com a expressão de origem, “la méthode”, em francês), são espumantes, salvo o champagne que é uma marca protegida por legislação própria e produzido numa região demarcada por lei.
Nos espumantes, o que varia são as traduções: Sparkling, em inglês; Cava, em espanhol; Sekt, em alemão , Mousseux, em francês; Franciacorta ou Asti na Itália, por aí ... E todos eles, por maior ou menor espaço de tempo, são “hospedados” em garrafas espessas, por causa da efervescência do gás garbônico, (a pressão dentro delas atinge níveis de 5 a 6 atmosferas, iguais a um pneu de caminhão) e vedados por rolhas grossas, por sua vez protegidas por gaiolas de arame ou de ferro.
E os espumantes podem ser produzidos com a mistura de três uvas – tradicionalmente duas tintas e uma branca, sendo que na sua maioria uma das tintas é a Pinot Noir e a branca a Chardonnay , mas essas tintas e brancas podem variar, como no caso do Cava (é masculino) catalão em que a tinta é a Garnacha ou Xarel-lo e a branca a Macabeo; ou a branca sendo a Pinot Blanc, na Itália (Franciacorta) – ou só com uma uva, os espumantes varietais.
Quando a uva é a branca, em geral é a Chardonnay e aí são chamados de Blanc de Blancs. Quando é tinta, é chamada Blanc de Noirs, produzidos ou com a Pinot Noir ou com a Pinot Meunier. Grosso modo, as primeiras acompanham muito bem tira-gostos leves ou mariscos e os segundos sõa boa escolha para escoltar aves e até carne de porco com pouco molho.
Resumidamente, no caso do método champenoise (a maioria dos espumantes) a primeira fermentação se dá em cubas ou tanques e, a seguir, é adicionado o chamado licor de expedição (liqueur de tirage), composto de líquido com açucares e leveduras e então coloca-se o vinho em suas garrafas definitivas, para a segunda fermentação.
É o que vai provocar as borbulhas são as bolhas de dióxido de carbono.
A temperatura ideal para servir todos os três (Proseccos, Espumantes ou Champagne) é entre 6 e 8 graus. E todos podem ser apreciados a qualquer hora do dia ou da noite, porque como disse o inventor do Champagne, o monge Don Pérignon, “estou bebendo estrelas”!
(*) O método Charmat consiste em induzir a segunda fermentação fora da garrafa, em tanques de inox (autoclaves). Desenvolvido em 1895 por um italiano, mas aperfeiçoado na França em 1907, a vantagem e que permite maior controle da temperatura e do nível de gás carbônico liberado, o que exalta as notas frutadas e o frescor da bebida.
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